Eu nunca vou saber exatamente o que escrever... Daí, percebo que sentimentos podem fluir através dos dedos. Percorrem um espaço mínimo entre meu cérebro e coração, e já querem transbordar pelas minhas mãos. Sentimentos espertos! Penso que estão fugindo da minha razão, debochando de cada tentativa minha de negá-los. Ah, sentimentos...
Ah, sentimentos, se vocês soubessem que prefiro transbordá-los ao invés de tentar afogá-los em mim mesma. Que prefiro que meus dedos saibam o que se passam em mim, entre meu coração e mente, que prefiro lembrar do que esquecer. E talvez esse seja o sentido de tudo. O sentido de escrever, anotar, cada pedacinho de mim: me sinto forte, equivalente, mais izabella (talvez).
Me perguntando por alguns segundos: quem será mesmo izabella?! Preciso compreender mais sobre esse ser que me habita e aflora cada vez mais (ou menos). Vai ver ainda me enquadro na perspectiva da sorte, do anoitecer, das páginas em branco que percorrem minha vida, dos sentimentos que me descrevem... Dos capítulos que provavelmente nunca vou viver. E prefiro assim. Mas que eu seja eternamente intensa, viva, apaixonada.
Quanto aos sentimentos, me cuido, me lasco, me deixo, pra depois me encontrar e apostar tudo de novo. Nessa roda gigante há sempre de surgir surpresas e frios na barriga, é disso que vivo! E se consigo descrever tudo que transita entre meu coração e minha mente? Não. Não mesmo.
Mas, ah, queria que me visse por dentro, agora.