A verdade é que esse acontecimento não deixou marcas apenas na história, mas ele abriu as portas para que uma geração se desvinculasse dos padronismos e assumisse uma postura mais radical frente à política, à violência, etc. E é aí que entra a arte.
Quando lembramos desse movimento, o Woodstock, costumamos associá-lo a música, aos hippies, mas esquecemos sobretudo que ele foi um passo importante, dentre uma série de acontecimentos, para que a arte moderna tomasse um impulsso fundamental e "saísse do armário". Eu diria que o florescimento da abstração e o seu reconhecimento aconteceram nessa época, porém não posso deixar de citar que outras datas também marcaram a arte moderna, tais como a coragem de Anita Malfatti em 1917 (que levou uma baita critica por sua arte inovadora do artista Monteiro Lobato), a polêmica Semana de Arte Moderna em 1922, a exposição modernista de 1931... Enfim. Fatos que deixaram faíscas no ar, que mostraram que a inovação podia acontecer a qualquer momento. E a arte clássica, que estava sempre sujeita a normas, modelos e padrões poderia se desconfigurar a partir da liberdade de expressão do artista!
Logo, a arte moderna que pode ser fundida ao espírito libertário, a cultura alternativa, a cultura marginal, a transformação da consciência, dos valores, do comportamento, na busca de outros mecanismos de expressão, na mudança de atitude e busca pela provocação de sentidos, tudo tem a ver com o que se buscou no movimento de Woodstock.
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